A minissérie Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, produzida pela HBO Max em parceria com a Conspiração Filmes, é um drama de gênero true crime que revolta e inspira ao mesmo tempo. Inspirada no caso da jovem Ângela Diniz, assassinada em 1976, a série não se concentra simplesmente no crime em si, mas sim na maneira como a sociedade brasileira julgou aquele caso e continuou a julgar vítimas de feminicídio nos anos seguintes. Com o diretor Andrucha Waddington e a produtora Renata Brandão, a série teve um lançamento global no streaming e já gerou uma boa repercussão, o que animou a empresa a investir mais no gênero em 2026.
Os principais elementos da série incluem um elenco que reúne experiência e talento, com Andrucha Waddington no comando da direção e Mauro Naves como produtor. A minissérie também foi inspirada pela decisão de revisitar o caso de Ângela Diniz e suas implicações atuais, como o uso da tese da “legítima defesa da honra” para atenuar penas em crimes contra mulheres. Outro ponto de destaque é a abordagem que a série dá ao gênero true crime, que busca provocar reflexão e não se limitar a despertar curiosidade mórbida. A decisão de focar a históxia também na sociedade e as estruturas de poder que levaram ao feminicídio é central para entender o Brasil do presente.
Tema central da série, o feminicídio é um crime que tem sido cada vez mais discutido e abordado nas últimas décadas. Com quase 50 anos de história, a tese da “legítima defesa da honra” continua a ser utilizada em alguns processos, mas foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal em novembro de 2023. O Brasil ainda é um dos países que mais matam mulheres no mundo, e a série Ângela Diniz: Assassinada e Condenada chama a atenção para isso, destacando a importância de discutir e combater esse problema. A série não apenas choca por sua verdadeira história, mas também inspira pela maneira como nos faz sentir a necessidade de fazer isso.